TECELAGENS E VILAS OPERÁRIAS
A posição geográfica privilegiada de Salto junto à queda d’água foi fundamental para os primeiros investimentos fabris que se instalaram em nosso município do final do século XIX. Em 1873, o empresário José Galvão da França Pacheco Júnior inaugurou a primeira fábrica de tecidos do município na margem direita do rio Tietê, a fim de aproveitar a força hidráulica proveniente da cachoeira do Salto. Em 1882, o dr. Francisco Fernando de Barros Júnior, político republicano, inaugurou a sua tecelagem a poucos metros abaixo da fábrica de Pacheco.
Tempos depois, em 1904 as duas fábricas pioneiras se juntaram por meio da Societá per l´Esportazione e per l´Industria Italo-Americana e em 1919, transformaram-se na Brasital SA, indústria que por décadas foi considerada a maior empregadora da cidade, sendo responsável pelo surgimento das vilas operárias que marcaram o modo de vida urbano-industrial de nossa cidade.
Vilas Operárias e o Beco da Memória
Ao passar por Salto, não perca a oportunidade de conhecer as vilas operárias que foram construídas em função das tecelagens que aqui se instalaram durante o século XIX e começo do século XX.
Dentre os legados de nossa industrialização pioneira, destacamos o Beco da Memória que faz referência a mais antiga vila operária da cidade. Construída entre os anos 1911 e 1912, a vila localiza-se próxima a barra do rio Jundiaí, inicialmente composta por 30 casas que serviam de moradia aos operários da antiga tecelagem Ítalo-americana. Ao percorrer a vila, podemos notar que em alguns locais ainda se mantém preservados o calçamento original composto de cimento, cascalhos de granito e pedras de fundo de rio.