Obra inspirada em músicas de Francisco Mignone ganha pré-estreia em espetáculos gratuitos nos dias 26 e 27 de fevereiro
(1) Carolina Pegurelli, Nielson Souza e Ana Roberta Teixeira em Madrugada, de Antonio Gomes | Foto: Charles Lima
(2) Alan Marques e Marina Peña em Aparições, de Ana Catarina Vieira | Foto: Fernanda Kirmayr
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD), corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, visita Salto, no interior de São Paulo, para suas primeiras apresentações presenciais de 2021.
Os espetáculos acontecem nos dias 26 e 27 de fevereiro, às 18h30, e marcam a reabertura para espetáculos presenciais do Teatro Municipal – Sala Palma de Ouro. A entrada é franca, limitada a 150 lugares, e a distribuição da plateia obedece aos protocolos de distanciamento exigidos pelas entidades governamentais, com retirada de ingresso antecipada já disponível pelo site www.ingressodigital.com.
O programa, que reúne bailarinos que já convivem entre si para além da sala de ensaio, abre com Aparições, obra de Ana Catarina Vieira inspirada nas obras de Candido Portinari (1903-1962), César Guerra-Peixe (1914-1993) e nas danças populares do nordeste do Brasil. O trabalho evoca imagens do Brasil de maneira poética e com muita liberdade criativa.
Na sequência, os bailarinos apresentam o Pas de Deux de Dom Quixote, em versão de Duda Braz a partir da obra de Marius Petipa (1818-1910). Vibrante e virtuoso, este duo clássico coloca em cena o momento do casamento de Kitri, filha do taberneiro, com o barbeiro Basílio.
O encerramento fica por conta de Madrugada, obra assinada pelo coreógrafo brasileiro residente na Suíça, Antonio Gomes, que será apresentada em pré-estreia. Criada especialmente para a São Paulo Companhia de Dança, a obra parte das Valsas de Esquina de Francisco Mignone (1897-1986) para embalar os bailarinos em um baile atemporal no qual ingenuidade e nostalgia se encontram com jovialidade e romantismo, em uma dança ao mesmo tempo suave, intensa e com muita leveza. A música conta com orquestração de Rubens Ricciardi e execução pela Orquestra do Theatro São Pedro sob a regência do maestro Claudio Cruz. Os figurinos são de Fábio Namatame e a iluminação é de Wagner Freire.
“É uma grande alegria voltar a encontrar os aplausos do nosso querido público de Salto, que sempre nos recebe tão bem. Nesta terceira vez que subimos ao palco do Teatro Municipal, faremos a pré-estreia de Madrugada, uma obra inspirada pelo clima de serenatas de uma outra São Paulo, assinada por Antonio Gomes. Estar no teatro com esse repertório é um modo de mostrar a beleza, a força e a resiliência da dança feita em São Paulo”, afirma a diretora artística e executiva da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa.
As apresentações têm o apoio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio de Itaú e Tec Total, realização da Associação Pró-Dança/São Paulo Companhia de Dança, Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Secretaria Especial da Cultura (Ministério do Turismo, Governo Federal).
Além dos espetáculos da São Paulo Companhia de Dança na reabertura do Teatro Municipal de Salto, o público vai poder conferir bastidores e detalhes do evento pelos canais da SPCD no Facebook (@spciadedanca), Instagram (@saopaulociadedanca) e Twitter (@spciadedanca).
Serviço:
São Paulo Companhia de Dança na reabertura do Teatro Municipal – Sala Palma de Ouro
Programa: Aparições, de Ana Catarina Vieira; Pas de Deux de Dom Quixote, versão de Duda Braz; pré-estreia de Madrugada, de Antonio Gomes
Datas: 26 e 27 de fevereiro de 2021
Horários: Sexta e Sábado, às 18h30
Endereço: R. Prudente de Moraes, 580 – Centro – Salto/SP
Capacidade física: 150 lugares
Entrada franca pelo site www.ingressodigital.com
Ficha técnica das obras:
Aparições (2020)
Coreografia: Ana Catarina Vieira
Música: Suíte Sinfônica nº 2 Pernambucana (1955) e Ponteado (1955), de César-Guerra Peixe (1914-1993)
Iluminação: Wagner Freire
Figurino e adereços: Marco Lima
Cenografia: Marco Lima, com imagens de quatro desenhos de Candido Portinari (1903-1962): Pipas (1942); Ilha de Paquetá, Circo e Desfile de Carnaval (1941), usados nas ilustrações do livro Maria Rosa (1942) de Vera Kelsey (Os direitos de reprodução das obras foram gentilmente cedidos por João Candido Portinari)
Assistente de cenografia e figurino: Cesar Bento
Dramaturgia: Vivien Buckup
Execução de figurinos: Judith Lima (macacões), FCR Produções Artísticas (demais figurinos e adereços)
Primeira criação da coreógrafa contemporânea Ana Catarina Vieira para a São Paulo Companhia de Dança, Aparições é inspirada nas obras de Candido Portinari, César Guerra-Peixe e nas danças populares do nordeste do Brasil. Os figurinos e os elementos cênicos de Marco Lima ampliam o gesto no espaço. E a luz de Wagner Freire dialoga com os diversos elementos a contribui para a dramaturgia da obra. Aparições – nome que remete ao poema homônimo de Portinari –, traz imagens do Brasil de maneira poética e com muita liberdade criativa.
Pas de Deux de Dom Quixote (1869)
Coreografia: versão de Duda Braz a partir do original de 1869 de Marius Petipa (1818-1910)
Música: Leon Minkus (1826-1917)
Iluminação: Wagner Freire
Figurino: Tânia Agra
O Pas de Deux de Dom Quixote apresenta o momento do casamento de Kitri e Basílio, personagens principais dessa obra. Coreografado por Marius Petipa, o balé Dom Quixote é baseado num capítulo da famosa obra homônima de Miguel de Cervantes (1547-1616) que narra as aventuras do barbeiro Basílio e seu amor por Kitri, a filha do taberneiro.
Madrugada (pré-estreia 2021)
Coreografia: Antonio Gomes
Música: Valsas de Esquina, de Francisco Mignone (1897-1986), com orquestração de Rubens Ricciardi e gravação da Orquestra do Theatro São Pedro sob a regência do maestro Claudio Cruz
Iluminação: Wagner Freire
Figurino: Fábio Namatame
Inspirado pelas Valsas de Esquina de Francisco Mignone, Antonio Gomes propõe um baile atemporal à luz do luar, onde ingenuidade e nostalgia se encontram com jovialidade e romantismo, captando o clima efêmero e singelo das serenatas, agregando elementos contemporâneos baseados em traços da música popular já presentes nas composições.
SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 762 mil pessoas em 17 diferentes países, passando por cerca de 145 cidades em mais de 1.000 apresentações e acumulando mais de 30 prêmios nacionais e internacionais. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
INÊS BOGÉA – Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora, professora no curso de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e autora do “Por Dentro da Dança” com a São Paulo Companhia de Dança na Rádio CBN. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.
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