No dia 17 de julho (segunda-feira), o Hospital Municipal de Salto recebeu o equipamento permanente para realização do exame de emissão otoacústica (conhecido como teste da orelhinha) em recém-nascidos.
A aquisição do aparelho de Emissões Otoacústicas Triagem se deu em função do cadastramento da proposta de aquisição de equipamentos no Ministério da Saúde, sendo contemplada com recurso federal para a implantação do serviço na unidade, que antes era realizado com aparelho alugado.
A fonoaudióloga da unidade, Angélica de Moraes, relata a “importância do hospital possuir um aparelho de alta tecnologia e moderno”. Ainda reforça, “que quando um bebê nasce, há uma série de exames e procedimentos que devem ser feitos nas primeiras horas (ou dias) de vida. Muitos desses testes são obrigatórios, e a realização deles é fundamental para avaliar a saúde geral do bebê e detectar possíveis problemas congênitos, que devem ser tratados o quanto antes, para que se alcancem resultados mais consistentes”.
Para o Secretário de Saúde, Márcio Conrado, que realizou a entrega, “o aparelho vai atender todos os recém-nascidos, bem como os pacientes que estiverem internados na unidade que necessitarem de uma avaliação de urgência, dentro do quadro e conduta médica. Hoje o hospital realiza mensalmente cerca de 60 atendimentos/mês, e agora temos a capacidade de ampliar e chegar a 100 atendimentos, graças a essa aquisição”.
Sobre o teste da orelhinha
O teste da orelhinha ou exame de emissão otoacústica deve ser realizado no segundo ou terceiro dia de vida do recém-nascido, na maternidade, ou até o terceiro mês, em bebês nascidos fora de um hospital / maternidade, e tem como função avaliar a integridade auditiva em bebês.
Em adultos, o exame de emissão otoacústica pode ser solicitado para pesquisar as condições de funcionamento da orelha interna em paciente com queixas relacionadas à audição, como dor, zumbido, irritação e hipoacusia (perda parcial ou total da audição).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 288 milhões de pessoas sofrem com perdas auditivas de grau moderado a profundo, dessas, 80% vivem em países em desenvolvimento. Ainda de acordo com a OMS, metade desses casos poderia ser prevenida e seus efeitos minimizados se a intervenção fosse iniciada precocemente, pois são raros os casos que não têm tratamento.
Por isso, é fundamental detectar precocemente problemas de formação ou doenças no sistema auditivo, isso permite que a criança seja tratada corretamente e tenha o acompanhamento de médico e fonoaudiólogo, minimizando os danos ao desenvolvimento psicomotor e à aquisição da fala.