Carrapato estrela é pauta de reunião com Secretário de Meio Ambiente do Estado

Na manhã desta quarta-feira, o Prefeito de Salto, Geraldo Garcia se reuniu com o Secretário do Estado de São Paulo do Meio Ambiente, Maurício Brusadin para discutir sobre a proliferação do carrapato estrela e seus hospedeiros. Também participaram do encontro o Secretário de Governo, Gilmar Mazetto, a Secretária de Meio Ambiente, Grasiela Oliveira e técnicos da Secretaria de Estado.

Ficou acordado que a Coordenadoria de Biodiversidade de Recursos Naturais da Secretaria de Meio Ambiente estará em Salto nos próximos dias para conhecer a realidade local da presença das capivaras, principal hospedeiro do carrapato estrela, em diversos pontos da cidade.

Segundo o Chefe do Executivo a discussão sobre a presença do carrapato estrela, com a Secretaria de Estado era necessária, pois se trata de um assunto que exige ações planejadas e autorizadas pelos órgãos competentes.

“Fui até São Paulo conversar com o Secretário Maurício Brusadin sobre o problema da proliferação do carrapato estrela e seus hospedeiros. Solicitei, em caráter de urgência, a vinda de técnicos do departamento especializado e espero recebê-los até sexta-feira. Este é um assunto complicado que exige ações pelos órgãos que são, de fato, competentes. Também falamos sobre a poluição do rio Tietê e as constantes cobranças que fazemos junto ao Estado sobre o assunto, pois essa foi a primeira oportunidade que tivemos com o Brusadin enquanto Secretário de Meio Ambiente”, disse Geraldo Garcia.

Treinamento: Prevenção ao carrapato estrela

A Vigilância Epidemiológica, como já é frequente, realiza palestras com profissionais da saúde, tanto do Hospital e Maternidade Nossa Senhora do Monte Serrat, como do Hospital da Unimed, para a orientação sobre patologias sazonais. Nesta semana, foi realizado um curso específico sobre a febre maculosa.

É serviço permanente também do Departamento de Zoonoses, ou seja, acontece durante todo o ano, o trabalho de orientação em campanhas educativas e palestras em escolas e nos Centro de Referência em Assistência Social (Cras), com foco nos moradores de áreas consideradas de risco. Nesta semana mesmo, uma equipe realiza orientação e conscientização da população sobre doenças como dengue, leishmanionse e a própria febre maculosa.

Paralelo a isso, a Prefeitura de Salto mantém cercas para isolar áreas em parques municipais, de modo a restringir a circulação de capivaras, principal hospedeiro do carrapato estrela, que transmite a febre maculosa. Também nestes locais, existem placas alertando sobre o risco da presença de carrapatos.

Além disso, sempre que há notificação sobre a presença desses transmissores em alguma residência ou espaço público, é feita a orientação no entorno aos munícipes para que tomem precauções.

Cuidados com febre maculosa

A Secretaria da Saúde informa que o período de maior incidência do carrapato estrela é inverno e a primavera, em algumas regiões da cidade onde existem capivaras. A recomendação à população saltense é de que redobre a atenção ao visitarem locais com provável presença de capivaras, como margens de rios e lagos, mediante o risco de parasitismo por carrapatos. Em caso do aparecimento de sintomas, é necessário procurar uma unidade de saúde mais próxima e não se esquecer de informar ao médico caso tenha sido picado por um carrapato.

O que é a febre maculosa

A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma doença infecciosa febril aguda causada por uma bactéria (Rickettsia rickettsii), que pode variar de formas leves a graves. É transmitida por carrapatos e caracteriza-se por ter início abrupto, com febre elevada, dor de cabeça e nos músculos além da prostração, seguida de exantema, principalmente nas palmas das mãos e sola dos pés. As capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) são consideradas amplificadores das riquétsias, mas por um período de apenas 15 dias, onde podem contaminar carrapatos aderidos a seus corpos.

O transmissor da febre maculosa brasileira é conhecido como carrapato estrela (Amblyomma sculptum) e são encontrados em animais silvestres, principalmente em capivaras e gambás e em animais domesticados como cavalos, eventualmente também parasitam cães quando estes frequentam áreas infestadas pelo carrapato.

Quais são as precauções

Alguns cuidados básicos de prevenção devem fazer parte do dia a dia, como evitar frequentar áreas conhecidamente infestadas pelos carrapatos. Entretanto, na impossibilidade disso, recomenda-se que as pessoas utilizem roupas de cores claras para facilitar a visualização de carrapatos, mangas longas e calça comprida com a parte inferior dentro das meias e no interior de botas de cano alto são recomendadas, estas roupas devem ser colocadas em água fervendo após a utilização, e deve-se também realizar uma vistoria minuciosa no corpo à procura de carrapatos de hora em hora após a exposição.

Sobre a forma correta de retirada de carrapatos orienta-se torções leves seguidas de movimentos de tração, seja manualmente quando se tratar de carrapatos adultos ou através de uma pinça.

A utilização de repelentes na pele ou até mesmo inseticidas nas vestimentas não traz garantia de que carrapatos não se fixem.

Os gramados devem ser mantidos sempre bem aparados permitindo a incidência de luz, uma vez que os ovos e as larvas de carrapatos conhecidos como micuins são sensíveis aos raios solares.

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