Após estudos, a leucena foi considerada uma praga que traz prejuízos ao meio ambiente
As árvores da espécie leucena são abundantemente encontras em diversos pontos da cidade de Salto, como nos bairros São João, Vila Norma, Vila Flora e tantos outros.
Essa espécie, em particular, tem sido estudada e avaliada pelos profissionais da área, que alegam que a mesma é considerada uma praga, pois destrói toda a vegetação próxima, criando um deserto verde. “A leucena foi trazida para o Brasil, para ser usada como alimentação de gado, era uma alternativa barata e eficiente. Porém não funciona em questão ambiental, pois desiquilibra o ecossistema”, esclareceu o secretário do Meio ambiente, Ângelo César Turqui Piva.
Em questão de saúde do solo, a leucena absorve todos os nutrientes, baixando a escala de qualidade neutra (0) para desnutrida (-1), portanto, a espécie cria prejuízos à biodiversidade e não traz benefícios. Secretário ainda ressaltou como a espécie atua “a leucena impede o crescimento da flora local, limitando a diversidade da flora e fauna. Aparentemente, tudo está equilibrado, mas não está, pois ela absorve todo o nutriente, impede o crescimento da flora nativa, o que consequentemente causa quebra no ecossistema e fauna, além de que ela se alastra de forma descontrolada, seja no meio urbano ou rural e assim impacta negativamente”.
A leucena ainda é muito potente quando se trata de germinação, pois o banco de sementes aguenta até 10 anos na terra, para depois brotar. “Esse ainda é um ponto difícil de combater, pois a leucena tem um poder de germinação muito forte, o que dificulta o controle de crescimento, e mais, só o corte da árvore não soluciona a questão, pois ela também regenera”, declarou o engenheiro florestal da Secretaria do Meio Ambiente, José Antonio Luciano.
Há alternativas sendo estudadas para o controle e combate no aumento das leucenas, principalmente em áreas de proteção ambiental, de recuperação de mananciais e até mesmo com relação a arborização urbana. “É importante o plantio ideal de árvores, que tragam mais qualidade ao solo, ar e fauna. Neste caso, a leucena não entra como uma boa indicação para o nosso município”, finalizou o secretário de Meio Ambiente.