Parque do Lago, Rocha Moutonnée e Largo São João serão os primeiros locais públicos a receberem a aplicação
A cidade de Salto, pioneira em ações de combate ao carrapato-estrela, poderá ser o primeiro município a utilizar a técnica de aplicação de um agente de controle biológico para diminuição da população do parasita. Uma importante reunião realizada na Prefeitura de Salto na última quarta-feira (18), discutiu os andamentos dos trabalhos realizados na cidade.
O Prefeito Geraldo Garcia se reuniu com os pesquisadores do Instituto Biológico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, Paulo Sampaio e Shirlei Batista de Araújo Silva, o representante da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Silvio Carvalho Silva, o secretário de Meio Ambiente, Ângelo César Turqui Piva, o chefe de Gabinete, José Antonio Luciano e o diretor da empresa Toyobo, Minoro Takahashi.
O Instituto Biológico de Campinas dará início na próxima semana, na terça-feira e na quinta-feira, às 14h, à aplicação dos agentes biológicos (fungos) desenvolvidos em parceria com a empresa Toyobo de Salto, nas áreas de estudo citadas acima, sob Regime de Uso Emergencial, permitido por Lei. A aplicação prevista, depende da previsão do tempo e pode ser alterada caso não haja precipitações nos próximos dias.
O Termo de Cooperação foi assinado em outubro de 2018 no Parque Rocha Moutonnée. Para o Prefeito Geraldo Garcia, esta é a continuidade de um trabalho que já apresenta uma direção efetiva após vários anos em busca de alguma solução. “Estou muito entusiasmado com todo o processo desenvolvido, sendo a nossa cidade a pioneira neste estudo e aplicação. Há muitos e muitos anos enfrentamos este problema em Salto e, agora, estamos com uma alternativa que não prejudica o meio ambiente”, concluiu o Chefe do Executivo.
A solicitação junto ao Ministério da Agricultura e Saúde para a liberação do uso do agente biológico para esta finalidade deve ocorrer na próxima semana, com envio dos documentos aos ministérios.
O produto a ser aplicado não interfere na saúde dos animais, insetos e flora. “O fungo mata o carrapato, sem agredir o meio do qual ele se encontra. Nem mesmo as capivaras que são hospedeiras do carrapato sofrem interferência dos fungos aplicados, garantindo a saúde das mesmas”, declara o secretário do Meio Ambiente, Ângelo César Turqui Piva.
O trabalho desenvolvido em parceria com o Instituto Biológico de Campinas, para atuar no manejo de carrapatos em áreas de parques, adjacências e locais de risco do município, abrange não apenas a aplicação do fungo, mas envolve também mapeamento dos parques, implantação das medidas de controle, como instalação de cercas e placas informativas; capacitação de servidores municipais; palestras em condomínios e loteamentos entre outros, conforme explicou o pesquisador, Dr. Paulo Sampaio. “Através desse monitoramento e captação de carrapatos, pudemos verificar a média populacional nas áreas do Parque do Lago, Largo São João e Rocha Moutonnée. Esse monitoramento é essencial para a avaliação da área e dar continuidade nas ações efetivas, como a aplicação do agente. Entre os avanços apresentados, está o resultado das coletas e monitoramento realizado durante os meses de novembro de 2018 até agosto deste ano”, destacou.