O Museu da Cidade de Salto “Ettore Liberalesso” recebeu na última semana, a visita do professor Francisco Noelli, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP), para pesquisar sobre o acervo arqueológico, especificamente grandes potes de barro que se encontram ali e obter informações sobre os sítios arqueológicos, onde as peças foram encontradas.
A visita faz parte de um projeto que coleta fotos e dados dos falantes da língua Tupi, em diversos países, e que já registraram cerca de três mil vasilhas em 129 instituições. No museu de Salto eles mediram e fotografaram as duas Igaçabas que estão em exposição e uma que está na reserva técnica.
O professor e pesquisador foi recebido pelo coordenador Adriano Tardoque e pela historiadora Gabriela Novaes. “De acordo com relato do pesquisador, as vasilhas são do grupo Tupiniquim, e não dos Guaianás como se pensava, pois quando os bandeirantes chegaram a esta região os Tupiniquins foram dizimados por doenças trazidas pelos europeus. Há relatos controversos do século XIX que falam da presença dos Guaianases nesta região”, disse o coordenador.
A pesquisa, que incluiu as peças que fazem parte do acervo do Museu de Salto, será detalhada em um trabalho final que, entre seus desdobramentos, permitirá a criação de um material didático para os museus de todo o Brasil por meio o Instituto Brasileiro de Museus.
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